segunda-feira, 25 de junho de 2007

Campinas

Lá estava eu em Campinas, recém formado com milhares de idéias na cabeça e pra variar nenhum trabalho.
Acordei decidido que tudo seria diferente, iria arrebentar na entrevista e começar a trabalhar no mesmo dia.
Mais uma vez peguei a minha melhor amiga, a lista telefônica, anotei o endereço do meu futuro local de trabalho, arrumei minha pasta, pedi para um jovem de 12 anos me acompanhar, afinal não conhecia nada de Campinas.
Pegamos uma lotação, uma Van realmente lotada e fomos até o centro da cidade, localizamos a rua da agência e comparando com a numeração aqui em Assis, achei que estávamos bem próximos, então resolvemos continuar o restante do caminho a pé.
Antes disso, uma pequena pausa para uma Coca-Cola, mesmo desempregado sou filho de Deus. Agora sim, energias recarregadas vamos a conquista do sucesso.
Anda, anda, anda e anda mais um pouco e nada de chegar na agência. Subida, descida, mais subida, enfim, a agência, fachada linda, o sonho de trabalho de qualquer recém formado.
Mas do outro lado da rua, lá estava eu, suado igual um jogador em final de campeonato, acabado, quase morto, pensei comigo mesmo, vou esperar uma meia-hora, afinal, a primeira impressão é a que fica.
Enfim o grande momento chegou, eu frente a frente com a secretária, era agora ou nunca.
Me apresentei e pedi gentilmente pra ela deixar eu falar com algum fodão da agência.
Mas como toda boazuda secretária, é claro que ela não deixou.
Ai tive que jogar todo meu charme pra cima dela, e é claro que ela não deixou mais ainda, afinal to longe de ser um ator da malhação.
A única coisa que me restou foi entregar o meu currículo pra mais uma secretária boazuda engavetar.

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